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Senha: ulammeet
Senha para descompactar: ivakas
Director : Jean-Jacques Annaud
Country : Canada, France, USA
Genre : Adventure, Prehistoric, Drama
English Title: Quest for Fire
Runtime : 95 minutes
É um daqueles filmes que se pode considerar único na história do cinema: "A Guerra do Fogo" (1981) do diretor francês Jean-Jacques Annaud. Filmado nas paisagens da Escócia, Islândia, Canadá e Quenia, o filme levanta uma hipótese de como seria o mundo há 80 mil anos, no tempo do nascimento da linguagem. “Guerra do Fogo” conta uma história dos homens do período paleolítico nos seus primeiros intentos tecno-evolutivos, a luta pela sobrevivência entre tribos rivais.
Questiono muito a fidelidade histórica desse período pré-história.
"Vemos aqui o homem com a sua linguagem primitiva em pleno desenvolvimento, linguagem essa criada, especialmente para o filme, por Anthony Burgess (linguista e escritor de "A Laranja Mecânica"). Um poderoso e comovente retrato do homem no seu estado primitivo perante o mundo e seus fenómenos ainda mal conhecidos. Óptima fotografia, excelentes interpretações e notável banda sonora (que tem preponderante papel, uma vez que não há diálogos). "A Guerra do Fogo" é um filme essencial não só para ser utilizado como recurso educativo numa aula de história como, também, enquanto objecto para os estudiosos da linguística e comunicação que se interessam pela origem da linguagem, pelas raízes da espécie humana e pelo florescer da razão e das tecnologias a elas associadas." (do site O homem que sabia demasiado).
A visão do filme é totalmente hobbesiana, na qual o homem primitivo só pensava em atacar e combater. Ora, considero muito mais plausível a hipótese não eurocêntrica de Rousseau, na qual o homem primitivo, fartando-se com uma natureza intocada, prescindiria de tamanho gasto calórico que é o combate. Como se lê na introdução de "Discurso Sobre a Desigualdade", (Jean J. Rousseau, in: Col. Os Pensadores, p.244, 1973)
"A terra abandonada à fertilidade natural e coberta por florestas imensas, que o machado jamais mutilou, oferece, a cada passo, provisões e abrigos aos animais de qualquer espécie. Os homens, dispersos em seu seio, observam, imitam sua dinâmica e, assim, elevam-se até o instinto dos animais, com a vantagem de que, se cada espécie não possui senão o próprio instinto, o homem, não tendo talvez nenhum que lhe pertença exclusivamente, apropria-se de todos, igualmente se nutre da maioria dos vários alimentos que os outros animais dividem entre si e, consequentemente, encontra sua subsistência mais facilmente do que qualquer deles poderá conseguir".
Aqui se propõe a pacificidade natural do homem primitivo _ tese do "Bom Selvagem" rousseauniano, contra o instinto de ataque do homem hobbesiano, na qual inspira-se o filme, ignorando por completo a História dos índios das Américas, na qual a guerra era estado de exceção. Contudo, o filme é o que se denomina obra de referência, portanto deveria figurar em toda cinemateca.
Questiono muito a fidelidade histórica desse período pré-história.
"Vemos aqui o homem com a sua linguagem primitiva em pleno desenvolvimento, linguagem essa criada, especialmente para o filme, por Anthony Burgess (linguista e escritor de "A Laranja Mecânica"). Um poderoso e comovente retrato do homem no seu estado primitivo perante o mundo e seus fenómenos ainda mal conhecidos. Óptima fotografia, excelentes interpretações e notável banda sonora (que tem preponderante papel, uma vez que não há diálogos). "A Guerra do Fogo" é um filme essencial não só para ser utilizado como recurso educativo numa aula de história como, também, enquanto objecto para os estudiosos da linguística e comunicação que se interessam pela origem da linguagem, pelas raízes da espécie humana e pelo florescer da razão e das tecnologias a elas associadas." (do site O homem que sabia demasiado).
A visão do filme é totalmente hobbesiana, na qual o homem primitivo só pensava em atacar e combater. Ora, considero muito mais plausível a hipótese não eurocêntrica de Rousseau, na qual o homem primitivo, fartando-se com uma natureza intocada, prescindiria de tamanho gasto calórico que é o combate. Como se lê na introdução de "Discurso Sobre a Desigualdade", (Jean J. Rousseau, in: Col. Os Pensadores, p.244, 1973)
"A terra abandonada à fertilidade natural e coberta por florestas imensas, que o machado jamais mutilou, oferece, a cada passo, provisões e abrigos aos animais de qualquer espécie. Os homens, dispersos em seu seio, observam, imitam sua dinâmica e, assim, elevam-se até o instinto dos animais, com a vantagem de que, se cada espécie não possui senão o próprio instinto, o homem, não tendo talvez nenhum que lhe pertença exclusivamente, apropria-se de todos, igualmente se nutre da maioria dos vários alimentos que os outros animais dividem entre si e, consequentemente, encontra sua subsistência mais facilmente do que qualquer deles poderá conseguir".
Aqui se propõe a pacificidade natural do homem primitivo _ tese do "Bom Selvagem" rousseauniano, contra o instinto de ataque do homem hobbesiano, na qual inspira-se o filme, ignorando por completo a História dos índios das Américas, na qual a guerra era estado de exceção. Contudo, o filme é o que se denomina obra de referência, portanto deveria figurar em toda cinemateca.
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