3 de dez. de 2014

SÉTIMO , Dir. Patxi Amezcua , 2014

Ricardo Darín, como fã (depois desse longa) quase incondicional, me faço a seguinte pergunta: Por que topar um papel desses ? Minha mente fugidia ía durante " Sétimo"  para aquele personagem maravilhoso, O Roberto, um veterano de guerra de  Um Conto Chinês e também recordava com saudosismo de Rafael e seus conflitos existenciais , personagem cuidadosamente construído de :  O Filho da Noiva e quando eu tentava me ater à pretensa trama desse seu novo filme, novamente eu era atropelada pelos doces flashs de O segredo dos seus olhos. Tenho consciência da concorrência desleal que aqui proponho fazendo essas comparações. Mas Ricardo Darín surge em meio a um roteiro tão fraco, que não é capaz de chamar atenção para o seu talento como de costume. Direção meia boca, resultando num filme pouco coeso, sem emoção, pouco caprichado. Sem alma!
Darín, você é demais , um espetáculo  mas que  filmes como Sétimo não figurem mais sua vasta e densa filmografia. 



Longa de Patxi Amezcua gira entorno do desaparecimento de duas crianças durante uma brincadeira com o pai


Elenco: Ricardo Darín, Belén Rueda, Abel Dolz Doval, Charo Dolz Doval, Luis Ziembrowski, Osvaldo Santoro, Guillermo Arengo, Jorge d’Elia. 
Direção: Patxi Amezcua 
Gênero: Suspense 
País de Origem: Espanha/Argentina 
Duração: 88 min. 


7 de set. de 2014

MAGIA AO LUAR, Dir. Woody Allen , 2014

Desagradável sensação de que , para além das declarações de W. Allen, de que o mesmo tem realizado filmes para se ocupar e não para ficar pensando na morte, fica também a impressão de que pouca coisa é aprofundada em " Magia ao Luar", ou quase nada."  Despretenso " filme de amor/comédia-romântica, que evidencia o tempo todo sem maiores desdobramentos as dicotomias clássicas : razão e fé, otimismo e pessimismo, tendo como pano de fundo as estruturas de personagens também vistos em seus filmes anteriores. Neuróticos padrões estereotipados, como de Colin Firth que interpreta Stanley.  Homem cético, controlador, ranzinza e a moça jovem, apaixonada, deslumbrada e sedutora. Não fossem as piadas cliché, envolvendo psicologia às avessas, as cenas aparentemente " corridas" acarretando outras cenas sem consistência e a tentativa de tocar em temas importantes sem desenvolvê-los, o filme poderia a  meu ver,  ser  interessante. Mas penso que outros diretores já trabalharam a questão do ceticismo x dogmatismo, fé, ilusão x realidade e de fato foram capazes de entrar na questão a qual se propuseram,  trazendo pras telas resultados bem mais interessantes e consistentes. Saí do cinema elocubrando a necessidade  do diretor,  em  fazer um filme por ano nessas bases , se era isso mesmo que ele esperava. Se o resultado estava a contento. Por outro lado pensei que, se a intenção  era somente passar o tempo trabalhando, que então o que quer que tenha sido realizado, estará a contento sim.




Stanley (Colin Firth), um falso mágico com talento para desmascarar charlatões, é contratado para acabar com a suposta farsa de Sophie (Emma Stone), simpática jovem que afirma ser médium. Inicialmente cético, ele aos poucos começa a duvidar de suas certezas e se vê cada vez mais encantado pela moça.



Título Original: Magic in the Moonlight
Gênero: Comédia
Diretor: Woody Allen
Produção: Estados Unidos
Distribuição: Imagem Filmes
Classificação Indicativa: 12 anos
Duração: 98 min
Elenco: Emma Stone, Colin Firth, Marcia Gay Harden



10 de ago. de 2014

 A FILHA DA MINHA MULHER , Dir.Bertrand Blier, França, 1981


A França como pano de fundo fundamental e sine qua non para que a narrativa sutil e profunda de Bertrand Blie flua, sem causar tanto impacto como era de se esperar. Uma jovem de 14 anos que precisa lidar com a morte da mãe, com a recusa de ter que viver com o pai, e ainda assumir seu desejo de seguir e refazer sua vida ao lado do padrasto.Com certeza Bertand Blie na década de 80 foi visionário ao compor esse cenário, que hoje seria socialmente rejeitado. Um complexo de édipo às avessas, dirigido por um mestre que delicadamente nos ensina que incesto é muito mais que um crime condenável. Certamente um dos melhores filmes do diretor.




Gênero: Drama
Direção: Bertrand Blie
Ano: 1981, França
Elenco:  Ariel Besse, Patrick Dewaere, Nathalie Baye
Duração: 123 minutos


6 de ago. de 2014

Diferença Persuasiva entre Imagem e Texto, Luciano Marra


Já está no catálogo da Morebooks com preço promocional, canal de venda da Omni, editora alemã, meu livro de filosofia. Em suma: é uma análise da influência daquilo que se vê e daquilo que se lê.

23 de abr. de 2014

PÃO E TULIPAS, Dir. Silvio Soldini , 2000

Pão e Tulipas de Silvio Soldini é de uma beleza inacreditável. Tendo Veneza como pretexto e excelentes personagens, o filme traz consigo a realização de um sonho, a libertação e a redenção da personagem principal . Tudo num ritmo agradabilíssimo, embalado pelo acordeom da dona Rosalba, dona de casa, figura adorável que encantada pela cidade e pelas oportunidades que lhe são oferecidas, acaba por transformar sua vida e de seus vizinhos num sonho possível e almejado por todos. Um filme despretensioso, sensível, deliciosamente divertido, que suscita reflexões de todo tipo. Poderia ser cliché se não fosse alternativo em suas soluções inesperadas e acertadas. Ponto pro cinema italiano, mais uma vez!



Gênero: Comédia
Direção: Silvio Soldini
Roteiro: Doriana Leondeff, Silvio Soldini
Elenco: Antonio Catania, Bruno Ganz, Felice Andreasi, Giuseppe Battiston, Licia Maglietta, Marina Massironi, Tatiana Lepore, Vitalba Andrea
Produção: Daniele Maggioni
Fotografia: Luca Bigazzi
Trilha Sonora: Giovanni Venosta
Duração: 112 min.