O que torna uma pessoa artista? É a paixão por sua arte? Infelizmente não. O que torna uma pessoa artista é o raro encontro entre a capacidade de se posicionar em relação ao mundo e de adquirir a técnica necessária para expressar essa posição. Mas por que tantos artistas medíocres? Porque são, de fato, apenas apaixonados pela técnica da expressão e não conseguem assimilar o mundo que os cerca (História, classe social, conhecimentos de época, consciência, valores, virtude, vício, paixões, egoísmo, altruísmo, família, política, pactos, liberdade, dor, alegria etc.). O bom cineasta não é simplesmente aquele que domina o jogo de luzes, o bom escritor não é aquele que só domina a escrita, o bom pintor as figuras e cores etc. o artista de verdade é mais raro do que se imagina e sem aquela combinação atrás citada não se torna grande nunca.
Este filme é um exemplo disso, percebe-se que o diretor é apaixonado por cinema, domina a película como ninguém, sabe jogar com o escuro e com os sons (capacidades técnicas raras), mas não tem uma posição sobre a realidade, é vazio, não tem nada pra dizer.
Em suma, o artista verdadeiro não é aquele que descobre um... "como contar" (as faculdades e cursos produzem esses tipos aos montes, de modo industrial até) é aquele que tem "o que contar", não é o caso desse filme. Tomei esse como exemplo, mas podia tê-lo feito com os filmes do Lars, com a literatura que está hoje nas prateleiras, com os movimentos concretistas, com a poesia moderna, com os abstratos, com os Warhols da vida, ou da maioria que se acha cult. Eles têm em comum uma técnica apurada para produzir irrelevâncias, nesse caso, abordar um clichezaço ianque: mais um serial movie sobre serial killer sem o pastel de sangue de um "Assassinos por Natureza"!
Outro tipo de comentário por Marcelo Miranda:
http://www.filmespolvo.com.br/site/eventos/cobertura/756
Sinopse: "Jean viaja pela França, levando como bagagem apenas suas marionetes e uma fantasia de lobo. Ele violenta as mulheres que encontra e depois abandona o corpo sem vida num quarto de hotel, num bosque ou às margens de um rio. É desajeitado, mal sabe falar e vive à margem da sociedade. Um dia, conhece Claire, uma jovem com o carro quebrado à beira da estrada. Ela talvez re- conheça nele, na sua falta de jeito e grosseria, a mesma coisa que também a força, sombriamente, às fronteiras do coração".
Em suma, o artista verdadeiro não é aquele que descobre um... "como contar" (as faculdades e cursos produzem esses tipos aos montes, de modo industrial até) é aquele que tem "o que contar", não é o caso desse filme. Tomei esse como exemplo, mas podia tê-lo feito com os filmes do Lars, com a literatura que está hoje nas prateleiras, com os movimentos concretistas, com a poesia moderna, com os abstratos, com os Warhols da vida, ou da maioria que se acha cult. Eles têm em comum uma técnica apurada para produzir irrelevâncias, nesse caso, abordar um clichezaço ianque: mais um serial movie sobre serial killer sem o pastel de sangue de um "Assassinos por Natureza"!
Outro tipo de comentário por Marcelo Miranda:
http://www.filmespolvo.com.br/site/eventos/cobertura/756
Sinopse: "Jean viaja pela França, levando como bagagem apenas suas marionetes e uma fantasia de lobo. Ele violenta as mulheres que encontra e depois abandona o corpo sem vida num quarto de hotel, num bosque ou às margens de um rio. É desajeitado, mal sabe falar e vive à margem da sociedade. Um dia, conhece Claire, uma jovem com o carro quebrado à beira da estrada. Ela talvez re- conheça nele, na sua falta de jeito e grosseria, a mesma coisa que também a força, sombriamente, às fronteiras do coração".
Direção: Philippe Grandrieux
Roteiro: Philippe Grandrieux, Sophie Fillières e Pierre Hodgson
Título Original: Sombre
Origem: França
Duração: 115 min
Idioma: Francês
Legendas: Português
Formato: rmvb
Download via megaupload:
http://www.megaupload.com/?d=VFD7DZJH
Nenhum comentário:
Postar um comentário