14 de jan. de 2010

Filme: Caché, dir. Michel Haneke, 2005

RAZOÁVEL PRA RUIM

O filme é sobre um mistério.
Ganhador de Cannes, Michael Haneke (A Pianista, Violência Gratuita etc) é reputado um dos bons diretores do momento... mas, cá entre nós, o filme poderia ser bem melhor, este lembra muito as charlatanices de Hitchcock (diretor de proveta, feito nos laboratórios de Marketing).
Sumário modo, um pequeno burguês da classe média intelectual francesa começa a receber imagens gravadas em segredo do cotidiano de sua pacata vidinha. Tais fitas, que são misteriosamente depositadas em sua porta (fato bem pouco crível na era das web cam, que cabem dentro de uma caneta), servem de espelho para o repasse de uma eventual falha moral do passado (daí o título escondido, oculto, que poderia ser "todo mundo tem suas caveiras no armário"). Com isso revela-se a hipocrisia de nossas convenções sociais: um bom casamento é baseado em mútua confiança, somos felizes e bem casados, somos honestos e decentes... toda essa balela que a gente está careca de saber que é hipocrisia mística do ser humano dentro de sua classe social.
No entanto, esteticamente falando, o filme é monótono, a câmera fica parada em frente à casa do casal por vários segundos, as costas de sua esposa são filmadas por quase um minuto, a frente da escola do garoto idem.. ora, tudo isso é falta grave nesta arte, já que a monotonia é a morte do cinema.
Não contente com essa modorra toda, o filme acaba sem desenlace, sem fim e dizer que filme sem fim é para o espectador completar com sua prodigiosa imaginação, isso é conversa pra boi dormir! Mas tem gente que gostou, (comentário positivo neste link) então lá vai...
FICHA TÉCNICA Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 2005
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb (RAR)
Áudio: Francês
Legenda: Português
Tamanho: 421 mb


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5 comentários:

  1. A câmera deste filme é perfeita. Tecnicamente, perfeita; e não há monotonia, ao contrário, há expectativa. Ruim é a sua crítica, rs. Mas beleza, o blog é seu e vc. diz o que acha que deve. Para cada imbecil há uma ilusão, não é?! Fiquemos cada qual com a sua.
    abs.

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  2. Sempre que escrevo, assumo a primeira pessoa, como está no perfil: a verdade não existe, minha base de pensamento é o ceticismo, não proponho uma idéia que se imponha a outros. Minha relação com o filme é de monotonia, a sua é de expectativa, que fique registrado para o enriquecimento de quem não assistiu. Só existe ilusão (nesse sentido que vc empregou) se houvesse a verdade, como ela não existe, cada um cria o discurso que revela sua relação com a obra, com a realidade, etc. P.S Aqui nesse blog não precisa se esconder atrás do anonimato, quanto mais diversificados forem os pontos de vista, mais culturalmente rico fica o blog (desde que ninguém ofenda uma ao outro, senão o couro come).

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  3. Já tive problema com os skinheads e vou usar esse post para que novamente fiquem claras as regras do blog: todo tipo de ofensa é tipificada como crime de injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal, mais precisamente no Capítulo V que trata “dos crimes contra a honra”. As denúncias são encaminhadas diretamente pelo e-mail da polícia
    4dp.dig.deic@policiacivil.sp.gov.br . Portanto, tente se manifestar sem ofender diretamente os outros (pessoalmente preferia à moda antiga, anotar o IP da pessoa, entrar com uma liminar para descobrir o endereço físico e descer o cacete, mas como isso também é crime, fica o aviso do procedimento careta).

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  4. Não entendo algumas pessoas. por que não podemos ter opinão contrária, ou menos, diferente, sem que isso seja motivo para ofensa?

    Câmera perfeita não é o mesmo que filme bom, Hollywood sabe fazer isso como ninguém. Eu acho a maioria dos filmes de ação monótonos, previsíveis etc.

    Concordo plenamente que a diversidade fomenta a riqueza cultural. E a cordialidade torna o convívio muito mais agradável.

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  5. Pois é, o brasileiro precisa exercitar a troca de informação, a perda da certeza, a fuga do consenso, a retomada da certeza sem que seu mundo desabe. É um exercício de amadurecimento, de liberdade, de uso da inteligência, uma chance que histórica e praticamente nunca tivemos. O brasileiro só conseguiu se manifestar livremente com o surgimento do espaço virtual, mas o ranço do dogmatismo católico, o mito da certeza absoluta, ainda tem um peso muito forte.

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