Desagradável sensação de que , para além das declarações de W. Allen, de que o mesmo tem realizado filmes para se ocupar e não para ficar pensando na morte, fica também a impressão de que pouca coisa é aprofundada em " Magia ao Luar", ou quase nada." Despretenso " filme de amor/comédia-romântica, que evidencia o tempo todo sem maiores desdobramentos as dicotomias clássicas : razão e fé, otimismo e pessimismo, tendo como pano de fundo as estruturas de personagens também vistos em seus filmes anteriores. Neuróticos padrões estereotipados, como de Colin Firth que interpreta Stanley. Homem cético, controlador, ranzinza e a moça jovem, apaixonada, deslumbrada e sedutora. Não fossem as piadas cliché, envolvendo psicologia às avessas, as cenas aparentemente " corridas" acarretando outras cenas sem consistência e a tentativa de tocar em temas importantes sem desenvolvê-los, o filme poderia a meu ver, ser interessante. Mas penso que outros diretores já trabalharam a questão do ceticismo x dogmatismo, fé, ilusão x realidade e de fato foram capazes de entrar na questão a qual se propuseram, trazendo pras telas resultados bem mais interessantes e consistentes. Saí do cinema elocubrando a necessidade do diretor, em fazer um filme por ano nessas bases , se era isso mesmo que ele esperava. Se o resultado estava a contento. Por outro lado pensei que, se a intenção era somente passar o tempo trabalhando, que então o que quer que tenha sido realizado, estará a contento sim.
Stanley (Colin Firth), um falso mágico com talento para desmascarar charlatões, é contratado para acabar com a suposta farsa de Sophie (Emma Stone), simpática jovem que afirma ser médium. Inicialmente cético, ele aos poucos começa a duvidar de suas certezas e se vê cada vez mais encantado pela moça.
Título Original: Magic in the Moonlight
Gênero: Comédia
Diretor: Woody Allen
Produção: Estados Unidos
Distribuição: Imagem Filmes
Classificação Indicativa: 12 anos
Duração: 98 min
Elenco: Emma Stone, Colin Firth, Marcia Gay Harden